Bebo das memórias o sabor
Dos teus lábios vermelho agua
Embriago a dor, afogo a magoa
Rasga-me a pele da alma amor.
Devolve-me inocente e nu à terra
Despe-me de tudo que ainda tenha
Porque ninguém me rouba alegria tamanha
O teu cheiro que a alma me encerra.
Treno, choro e até sorrio
Estou louco e só... Eu sei
Cede ao ponto a que cheguei
A ter a razão presa por um fio.
Vale decerto mais a pena
Ser um pobre tresloucado
Mas ter-te um dia amado
A ter a alma eternamente pequena.
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