Vou amar-te entre as 10 e as 11
Vou fazer de conta que o dia não tem mais tempo
Que os minutos desapareceram num momento
E vou amar-te entre a s 10 e as 11.
Não vou ligar o despertador,
Não vou abrir as janelas à procura da claridade
Não vou escrever o teu nome saudade
E vou amar-te entre as 10 e as 11
Não vou adiantar os relógios lá em casa
Não que não tenha pressa de te ver
Que contenha esta sede de ti a ferver
Mas só vou amar-te entre as 10 e as 11.
Não importa se o tempo é pouco,
Pouco interessa se sobram tantas horas no dia ainda
No compasso que o calendário lento deslinda
E resume tudo entre as 10 e as 11.
Hoje vou amar-te entre as 10 e as 11
Vou deixar passar dia suavemente
Porque o relógio avariado não tem mais tempo
O ponteiro distraído entrou em contratempo
E deixou-me amar-te esta hora eternamente.
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